Quem viu o filme com Topol, lembra-se da associação do violinista no telhado à forma como muitas vezes temos que levar a vida: tentar extrair dela as mais harmoniosas harmonias enquanto tentamos manter o equilíbrio. A geração que ronda os 40 - a minha, portanto - está entre buracos de telhas, com um lado da casa a arder e do outro, no chão, há neve fria.
Temos pais para cuidar e acarinhar. Temos filhos para educar. Temos relações para equilibrar e para nos equilibrarem. Temos trabalhos que nos consomem e nos apaixonam. Temos estudos e progressos e leituras em atraso.
O tempo não chega para uma vida levada a sério.
Em conversa com alguém muito meu amigo, defendi que devíamos ser interventivos e lutadores, enquanto ouvia que devíamos entrar em equilíbrio e nos deixar levar. Não concordo. O equilíbrio, como a felicidade, como sempre me disse a minha Mãe, está dentro de nós. Interessa saber o que fazemos com eles. Porque num final, haja ou não outras vidas, haja ou não uma consciência do caminho percorrido, claro que faz toda a diferença saber que mudámos o mundo.
Gosto de ser transparente, mas não insípida. Gosto de lutar pelo que quero, embora por vezes tenha que procurar o que realmente quero e os objectivos e prioridades se vão alterando obviamente ao longo de cada momento, de cada passo.
Sim, para mim é claro que devemos ser intervenientes e não mais um grupo de anestesiados-pseudo-felizes-e-socialmente-correctos. Deixar a corrente puxar o nosso barco ao sabor de sonho algum não é viver. Viver é agarrar os remos e tentar, nos limites da nossa força e dos nossos condicionalismos e das nossas falhas, atingir objectivos concretos e úteis.
Ser inteiro.Temos pais para cuidar e acarinhar. Temos filhos para educar. Temos relações para equilibrar e para nos equilibrarem. Temos trabalhos que nos consomem e nos apaixonam. Temos estudos e progressos e leituras em atraso.
O tempo não chega para uma vida levada a sério.
Em conversa com alguém muito meu amigo, defendi que devíamos ser interventivos e lutadores, enquanto ouvia que devíamos entrar em equilíbrio e nos deixar levar. Não concordo. O equilíbrio, como a felicidade, como sempre me disse a minha Mãe, está dentro de nós. Interessa saber o que fazemos com eles. Porque num final, haja ou não outras vidas, haja ou não uma consciência do caminho percorrido, claro que faz toda a diferença saber que mudámos o mundo.
Gosto de ser transparente, mas não insípida. Gosto de lutar pelo que quero, embora por vezes tenha que procurar o que realmente quero e os objectivos e prioridades se vão alterando obviamente ao longo de cada momento, de cada passo.
Sim, para mim é claro que devemos ser intervenientes e não mais um grupo de anestesiados-pseudo-felizes-e-socialmente-correctos. Deixar a corrente puxar o nosso barco ao sabor de sonho algum não é viver. Viver é agarrar os remos e tentar, nos limites da nossa força e dos nossos condicionalismos e das nossas falhas, atingir objectivos concretos e úteis.