Vinda de fim-de-semana de campo para a cidade, regresso do canto dos pássaros e dos cheiros da terra para uma cápsula de segurança chamada Lisboa e Vale do Tejo em que os números de contágio teimam em subir e a segurança é sempre pouca. Da descontração e do brincar, dos cães e gatos e pavões e árvores e chão amarelo de terra, dos passeios e da paz, do calor e das melgas, de tudo o que o campo tem. Para uma asséptica casa de cidade cheia de livros e sabedorias e estatísticas e preocupações e prazos. Junho não será um mês fácil. Hoje é dia da Criança e porém choramos ainda um adulto. As políticas que desamparem os homens, deixem-nos ser quem somos. E porém, quem votou? Estados Unidos, Brasil... quem votou? De regresso à cidade, cheia de malícias e, no dia da Criança, a insistir em crescer devagar, só o suficiente para me defender a mim e aos meus. O mundo não é a Terra do Nunca e mesmo aí havia piratas...
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