Frio e sinais vermelhos - pára arranca pára arranca - vejo um sol de bibe aos quadrados pela mão de um pai a passar entre obras para as bandas do Lumiar, o final dos retratos do trabalho em Portugal versão eixo Norte-Sul, chegaremos mais depressa onde, ele chegou ao colo a um balde de lixo tão sujo que ficou mais verde e quase a sorrir quando o papel de prata do menino que come chocolates com metafísica lá entrou como uma melodia num ouvido carente de harmonias. A mão ousada regressou ao suporte da mão grande-pequena do pai e nem sei quem levava quem mas ficou um sorriso no passeio e o sinal abriu quando se afastavam com o bibe de quadrados azuis e brancos, céu e nuvens, uma mochila que andava sózinha, um desprendimento de acabar de nascer, uma largueza de horizontes de topo de montanha debaixo das pedras, dentro do trânsito, num passeio alterado, com sinais de cuidado e o descuido leve da liberdade de caminho feito com amor como num passeio entre flores e os sorrisos que se semeiam assim nas primeiras manhãs frias. Quem quiser que sinta o frio que cabe em cada manhã e o sol que pode vir com ele quando damos espaço ao importante.
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