segunda-feira, 13 de abril de 2015

Lígia

Numa semana em que me queixo interiormente do que me vão descobrir pelas entranhas dentro, estranho uma ausência de coragem e incentivo na pessoa de uma grande amiga e colega de faculdade. A Lígia era um sorriso onde todos desanimavam. Onde qualquer um teria desanimado. Depois da minha primeira operação teve uma conversa fantástica comigo, realista, animadora, cheia de sabedoria. Falou-me do mês em que tinha parado tudo só para estar com o neto e passear e nadar e aproveitar as pequenas-grandes coisas que a vida, apesar de tudo, nos dispõe. Gostava de ter a tua força, minha amiga, não só para as coisas físicas como para a palavra separação, cujo significado não me entra. Tu eras professora e continuo a mastigar as tuas lições sem ter a capacidade de as entender na totalidade. Hoje, sabes muito mais que eu. Foste muito mais que muita gente. Mas gostaria de te ter tido ao lado mais um pouquinho do caminho...

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