Não (não me parece). Nada de Talvez.
Gosto de decisões positivas e assumidas, das que acordam de manhã e bebem uma chávena de café caseiro sem açúcar frente a uma janela de opções aberta sobre o sol que se levanta e escolhem no fresco e húmido da manhã que nasce qual é o seu sim. Gosto de respostas directas e francas e rápidas, não como cedências, mas como escolhas, não seremos tão influenciáveis que percamos a nossa liberdade se ouvirmos opiniões ou sugestões. O sim está na resposta e cada um só diz o que quer. Claro que há condicionantes, mas a liberdade corre mesmo por aí, por esse caminho bem escuro que se chama presente e que é uma linha tão ténue que a confundimos com o acontecido e o desejo. Possivelmente o presente devia-se chamar vontade. É o curto espaço em que nos deixam remar e depois outra corrente e outros ventos.
O Não reprova algo que já existe ou já foi verbalizado. O Sim pode ser um passo no desconhecido. É belo o direito de opinião sobre o existente mas é preciso grande coragem para propor o que poderá existir. Ser cidadão é poder criar alguma pedras da nossa cidade, ler todos os desafios e responder-lhe com alternativas, actuar em vez de observar.
Talvez o Sim seja um Não com conteúdo para além da negação.
Sim a tudo.
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