segunda-feira, 15 de maio de 2006

40

Quando um amigo nos dá os parabéns de uma forma tão ternurenta como o poema anterior.

Quando esse amigo é um pai maravilhoso e, parte da equipa dos pais dos nossos dias, gostaria de ter mais dias, mais horas, para dar ao seu filho.

Quando esse amigo nos conhece o suficiente para saber que pensamos e sentimos o mesmo, que o mais importante das nossas vidas não é o que nos ocupa mais tempo, dá mais sucesso, faz mais eco, mas as pequenas doçuras do dia-a-dia.

Queremos continuar a ser Peter Pan com 40 anos para ser Mãe e Melhor Amiga e Irmã e falar de tudo e nada, rir e chorar, abraçar, beijar, adoçar todos os momentos que partilhamos com os nossos filhos.

Olho para tudo o que recebi, presente fofo (semanadas juntas, uma por uma), beijos tão doces, mimos tão directos ao coração, tudo planeado, dia perfeito, felicidade para que me deixei arrastar protestando infantilmente entre surpresas mais doces que previstas...

Só posso ficar feliz. Fiquem em paz, os que vão fazer 40. Há muito tempo ainda para aproveitar. Há todo este minuto em que o sinto a dormir no quarto ao lado e todos os que mais nos forem dados, na pressa de o ajudar a crescer, no sonho de ficar sempre pequena a seu lado e ter o tempo infinito do amor, relógio invertido, sempre com pena do que não fazemos, mas sempre, sempre, toda a vida, a sorrir por tudo o que construímos de mãos dadas.

Quando um amigo nos faz pensar em tudo isto no nosso aniversário e pensa assim, também, é um sorriso tão grande que nos rasga o pensamento e deixa o sol entrar. Obrigado.

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