"Um título é parte integral de uma história. Porque não? No fim de tudo, a vida não é uma resposta. restam ambiguidades. Resta o espaço para a dúvida." Isaac Asimov, Mensagens do Futuro.
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
Vale tudo!
"Vais ouvir e ver
+ vale nunca nunca mais saber
+ vale nada nunca mais querer
+ vale nunca mais crescer
Olha pró que eu faço
+ vale nunca nunca aprender
+ vale nada nunca mais querer
+ vale nunca mais crescer
Ficas aprender
+ vale nunca nunca mais saber
+ vale nada nunca mais beber
+ vale nunca mais crescer
Agora é a doer
+ vale nunca nunca apetecer
+ vale nada nunca escolher
+ vale nunca mais crescer"
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* palavras de Rui Reininho/Toli César Machado
** cartoon de Bill Waterson
*** dedicado ao Link
domingo, 25 de fevereiro de 2007
Leva-me contigo
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
Mais pipoca, menos pipoca...
Na minha infância as pipocas comiam-se no circo, no Natal. Eram brancas e quentinhas e um mistério como saltavam e explodiam dentro das caixas mágicas de vidro para as mãos de cinco artistas que dividiam o conteúdo do pacote de cartão entre leões e palhaços como se não comessem senão saladas de alface há semanas...
Cresceram e educaram-se, passaram a ser consumidas na Feira do Livro, entre stands de alfarrabistas amigos das cinco semanadas, grande alternativa às fotocópias de livros ou a incursões duvidosas às estantes paternas. Ainda os sacos de cartão, os preços a subir ou não fossemos nós a pagar dessa vez, mãos a saltar lá para dentro à proporção directa da velocidade a que saltavam na estranha maquineta onde continuavam a ser feitas, sempre por uma senhora de cabelos brancos que certamente venderia castanhas no tempo das folhas caídas.
Hoje invadiram os clubes de vídeo e os cinemas comerciais, evoluíram portanto para o audiovisual light e entraram nas casas onde a magia passou a ser a de frustrantemente querermos perceber porque as estorricámos no micro-ondas, depois de um doutoramento para descobrir o melhor sabor (manteiga, sal, açúcar, queimadas ou então não, de acordo com a atenção ao tempo e à potência do dito aparelho do demo).
Reconciliei-me recentemente com as pipocas. Nas duas últimas idas ao cinema (passo a partilhar: Cartas de Iwo Jima e Scoop) passei pela experiência da não-pipoca e da pipoca salgada. Percebi o mistério dos Deuses sem passar por livros de auto-ajuda: it's all in the mind.
No caso de Scoop, engraçado como o pode ser um Woody Allen leve, sem implicar grandes meditações filosóficas nos preliminares, no durante e no final, as pipocas vêm a calhar. Os sorrisos, o non-sense, as cumplicidades com o realizador da Rosa Púrpura do Cairo, as eternas piadas à cultura judaica, ao sotaque britânico e à condução fora de faixa que os europeus das ilhas insistem em manter orgulhosamente. Tudo se completa nas mãos que continuam a partilhar os pacotes branquinhos ou cheios de publicidade.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2007
Tem a vida breve
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
O menor denominador comum
... será o próprio homem? Diferenças, semelhanças, harmonias, lutas, sobretudo e sempre, o direito a ser uma estrutura una, um indivíduo, muito para além do corpo, da cultura, do pensamento e do sentir. Ser. Na diferença se enriquece e flexibiliza o mundo dos homens. Uma boa sugestão de conversa que me foi enviada pelo Pedro Monteiro, coordenador do projecto D-Eficiente. Obrigado, Pedro (boa escolha, António Gedeão).
domingo, 18 de fevereiro de 2007
Pen(s)ar
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
Hora absurda
"Há tão pouca gente que ame as paisagens que não existem!...
Saber que continuará a haver o mesmo mundo amanhã - como nos desalegra!...
Que o meu ouvir o teu silêncio não seja nuvens que atristem
O teu sorriso, anjo exilado, e o teu tédio, auréola negra...
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Suave, como ter mãe e irmãs, a tarde rica desce...
Não chove já, e o vasto céu é um grande sorriso imperfeito...
A minha consciência de ter consciência de ti é uma prece,
E o meu saber-te a sorrir é uma flor murcha a meu peito..."
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Fernando Pessoa
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
Be my Valentine?
Não há condições... Amar sem flores e bombons? Como é possível? O amor tem preço? O amor tem prova? Importámos mais uma vez um condicionalismo capitalista/consumista dos Estados Unidos, o país que gere oficialmente mais que os destinos, o imaginário do mundo e onde the porsuit of happiness nunca se concretiza, as barreiras são demasiado estanques. Memórias curtas, os índios lembrar-se-ão do tempo em que a terra era de quem a vivia? E agora, haverá fundamentalismos maiores que os patentes na hilariante legislação de alguns estados, até mesmo sobre a vida privada dos cidadãos?
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
...
domingo, 11 de fevereiro de 2007
Sempre longe demais
Dans le port d'Amsterdam
Y a des marins qui naissent
Dans la chaleur épaisse
Des langueurs océanes
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Palavras de Jacques Brel
Imagem de George Hendrik Breitner