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Morte e Nascimento de Uma Flor
Impaciente e irrequieta como uma criança em descoberta de tudo, corro demais e tropeço em mim. Sementes de pessoas, nunca estamos completos sós, corremos em busca do que não sabemos que nos falta, gritamos palavras belas - como liberdade, amor, rio, papoila, estrela, búzio, sorriso - desenhamos os gritos pensados na areia do desespero antes que a onda venha e inevitavelmente desmorone em lágrimas e espuma o pouco que contribuímos para a construção que queremos grandiosa de uma felicidade que nos faça ser.
Os caminhos são longos e calmos, têm flores nas orlas, cheiram a verão e a esperança, correr para quê, parar e olhar as estrelas que caem esta noite nas almas de quem sonha e amanhã - quem sabe - colher uma onda no peito e ser feliz. Esperar por quem nos pare e ensine que a vida é mãe e sábia, por isso tem dias e estações, regenera e oferece o calor depois do frio. Tudo renasce quando é verdadeiro. Na altura certa. Vale a pena esperar.
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