Que temos gentil maré!"
Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno
É sábado e não tenho aulas. Leio algumas notícias, umas em papel, outras, virtuosas. Visito os meus pais (gosto do verbo visitar). Conversas soltas aqui e ali. Um almoço tardio. Uma troca de e-mails. Palavras, palavras. As horas compostas de discursos e eu que deixei estragar o relógio com os números caídos. Tanto sentido que me fazia o relógio com os números caídos. Agora, os livros. O João estuda o Auto da Barca do Inferno. Eu penso nos arquivos a visitar e no preenchimento dos quadrados do pensamento esquinado que é o esqueleto, ainda mais embrião que esqueleto, da minha tese. Palavras amontoadas ainda por seleccionar. Visto-me de dúvidas e começo a caminhar.
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