Nos últimos dias fui devorada pela escrita: formulários de candidaturas a bolsa de estudos (so help me God), catálogos, relatórios, assinar testes do meu filho (bom trabalho, por sinal, João), escrever em português, em inglês, em braille, traduzir de umas para outras línguas, para descontrair responder a uns mails (de) amigos, escrever no msn em trabalho, participar e moderar foruns de discussão e blogs mais sérios que o presente. Acrescente-se a escrita que falta: duas cartas, alinhar um curriculum de equipa para um projecto, acabar este post - já que aqui estamos - enquanto se come um iogurte. Imprimir uns materiais para uma acção de formação numa escola. Uma carta final, porque me tocou a administração do condomínio.
Numa das traduções em que estava a trabalhar hoje, surgiu-me uma referência assustadora. Graças à ajuda de um amigo calmo (característica com que não fui abençoada), passei do pânico ao sorriso. E como não é da minha especialidade, passo a explicar, citando a Wikipedia:
"The Kabardian language is closely related to the Adyghe language, both members of the Northwest Caucasian language family, mainly spoken in Jordan, Turkey, and the Kabardino-Balkar Republic of Russia. It has 48 consonant phonemes (of which an amazing 22 are fricatives), but just two phonemic vowels. It is one of very few languages to possess a clear phonemic distinction between ejective affricates and ejective fricatives. The Kabardian language has two major dialects, Besleney and Terek (the latter being the literary standard). Some argue that Kabardian is only a dialect of an overarching Circassian language that also includes the various Adyghe dialects. Kabardian is written in a form of the Cyrillic alphabet, and like all Northwest Caucasian languages, has an extremely complex verbal system."
Escrever, sim, mas com vogais, por misericórdia. No contexto destes dias, imaginem o susto que apanhei!