quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Uma questão de género

Tenho muito mau feito. Contectei demasiado de perto nos últimos dias com sobrecargas grandes de situações humanamente inaceitáveis, incompetências, prepotências e outras palavras que me arrepiam.
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Levo tudo demasiado a sério. Interiorizo, incorporo, canibalizo as situações. Não suporto injusticas. Sinto-as na pele. Sou lutadora por profissão. O problema é que os meus pais me deram demasiadas camadas de sensibilidade nos acabamentos. Ou então não...
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Quando choramos limpamos as lágrimas, quando caímos levantamo-nos, quando estamos tristes sorrimos. Nada como baralhar a vida antes que ela dê cabo de nós (o que inevitavelmente fará, mas vamos fintando).
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Hoje, cansada e revoltada com estas questões, fiz o que não devia ter feito: desabafei e sobrecarreguei sem necessidade (porque o partilhar me está no sangue) pessoas que me rodeiam e que me amam muito. Todos me ajudaram, a todos o meu carinho, o meu amor, o meu obrigado.
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Inevitavelmente, the oscar goes to...
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Uma das pessoas que melhor me conhece e melhor me lê em todo o mundo: o meu filho João. Por me dizer frontalmente para não guardar os problemas em mim mas procurar as soluções (sábios, os miúdos, sobretudo este, quando estou em tempestade poucas pessoas com amor à vida me diriam destas).
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Também por me lembrar esta tira... e me fazer rir (obrigado, companheiro de caminhada, conheces-me mesmo muito bem).
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Assumidamente, uma questão de género...

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