sexta-feira, 28 de abril de 2006

Dois meses

Setembro ainda há pouco se afastou e fiz as primeiras viagens a descobrir um caminho que se encheu rapidamente de chuva e cansaço e cafés em estações de serviço. Muitos quilómetros preencheram este mestrado, muitas vindas a Portalegre (faltam oito viagens, dois meses de aulas). Conheci pessoas muito bonitasm espero que amigos que não se separem nunca, diferentes, uns claros, outros gritantes, uns inseguros, outros inesperados, bonitos como um castelo de legos, completos, realmente unidos ao fim deste ano.
A paisagem humana foi-se tornando próxima, os nossos horizontes também, a chuva foi tornada calor este fim-de-semana, em que as cegonhas procuravam sombra, o sol torrava, e as flores brancas que cobriam os campos a preparar a Páscoa entraram em Abril de todas as cores. Nenhuma árvore sózinha, rebanho procurando sombras em tapeçarias que distraem da estrada certa e uniforme.
Faltam dois meses para conseguirmos todos algo que foi um ano de esforço, para muitos de mudanças, para outros de crescimento, para alguns de dor. Os nossos dias são sempre tão inesperados. De uma semana para a outra, as cegonhas abrigaram-se e vieram as flores de abril fazer-nos sorrir e certificar-nos que tudo está bem.

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