É hora do meu chá e páro um pouco. O verde rodeia a minha casa e ao fundo, o mar. Não sei quando irei ver o mar mais de perto. Nas minhas mãos, o mundo sob a forma de telemóvel, contendo sorrisos e palavras de todos os meus amigos e família. Temos falado bastante nestas semanas de separação (de facto o isolamento significa separaçã dos outros). Temos necessidade de comunicar.
O dia não está apetecível para passeios e mesmo assim gostaria de dar uma voltinha. Páscoa estranha esta, ainda há pouco contactava com um amigo que me dizia sentir-se num filme, assim eu me sinto.
Acordar, organizar o dia de trabalho, fazer o chá das 10h., regressar à escrita, ao final da manhã preparar a refeição da família, depois arrumar tudo com as suas ajudas. Da parte da tarde, livros para ler ou recensear, ou mais trabalho de escrita. Para me distrair uma série enquanto faço bicicleta.
Claro que nem todos os dias correm assim tão disciplinados, há dias em que me sinto desmotivada, há dias em que estou preocupada e não caibo na pele...
O serão implica o jantar em família e um filme ou série depois das notícias. Deito-me cedo, adormeço tarde.
Pelo meio, silêncios, como agora em que os meus dedos escrevem e eu em silêncio sem dizer nada, a deixá-los falarem sózinhos, e eu tão quieta, no meu canto, a olhar.
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