... perguntou-me Carlinhos Medeiros. Uff, que leio sempre muito e muitas coisas ao mesmo tempo. Devo fazer um preâmbulo, portanto, e explicar que sou leitora compulsiva desde os cinco anos. E não sei ler só um livro de cada vez. Normalmente também não os leio só uma única vez, palavras sem ordem que alguem escreveu para outro alguém pensar viradas ao contrário, rearrumadas numa anarquia de olhares que nenhum editor concebe. Livre escrita, livre circulação, livre interpretação. Ler é fundamental para crescer por dentro e perceber como se é pequenino e falta sempre o caminho todo e mais o que se aprendeu que falta percorrer.
Tenho livros por toda a minha vida cronológica, espacial e mental. Há tempos e espaços de leituras. Há estados de espírito. Há dependências. Os meus hábitos presentes passam por ter os livros de trabalho numa divisão, livros que se consultam, livros sérios, de gravata, tecnocratas e sábios, os que falam de coisas importantes, como Directores Técnicos do nosso pensamento. No quarto, numa pequena estante e numa pequena mesa, empilham-se livros ligados à minha investigação. É o domínio de Foucault e Derrida, neste momento. Estudo identidades. Encontrarei a minha?
Tenho outros livros arrumados com o coração, conheço-lhes o cheiro, as páginas soltam-se-me nas mãos oferecendo-me as memórias que lhes peço e o sentir que preciso em cada momento. Têm sublinhados, têm anotações, adoro livros de gerações outras e de outras vivências, também os meus estão marcados por mim, pelos meus dedos, pelos meus lápis, pelo meu sentir. Quem abra um livro meu despe-me.
Estou, claro, a fugir por entre letras à pergunta inicial: na minha mesa de cabeceira encontram-se alguns que releio, o que leio pela primeira vez e mais vorazmente é este menino:
Tenho livros por toda a minha vida cronológica, espacial e mental. Há tempos e espaços de leituras. Há estados de espírito. Há dependências. Os meus hábitos presentes passam por ter os livros de trabalho numa divisão, livros que se consultam, livros sérios, de gravata, tecnocratas e sábios, os que falam de coisas importantes, como Directores Técnicos do nosso pensamento. No quarto, numa pequena estante e numa pequena mesa, empilham-se livros ligados à minha investigação. É o domínio de Foucault e Derrida, neste momento. Estudo identidades. Encontrarei a minha?
Tenho outros livros arrumados com o coração, conheço-lhes o cheiro, as páginas soltam-se-me nas mãos oferecendo-me as memórias que lhes peço e o sentir que preciso em cada momento. Têm sublinhados, têm anotações, adoro livros de gerações outras e de outras vivências, também os meus estão marcados por mim, pelos meus dedos, pelos meus lápis, pelo meu sentir. Quem abra um livro meu despe-me.
Estou, claro, a fugir por entre letras à pergunta inicial: na minha mesa de cabeceira encontram-se alguns que releio, o que leio pela primeira vez e mais vorazmente é este menino:
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