Porque nascem as flores entre as pedras, se o meio é agreste e as fere, nem um passo podem dar, não tivessem raízes a segurá-las ao solo cru, sonho de alturas, outros prados, visões macias da realidade mesma, ilusões, quem sabe, da vertigem de viver que quem está preso sente, velocidade, pavor do imobilismo, desejos de vento, mesmo que um despenhadeiro exista, pior nunca será, talvez haja mais água, talvez um doce e derradeiro mergulho.
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