B.C. é criação de Johnny Hart, a história é para brincar aos anacronismos, as palavras para derrotar o tempo e a lógica. Agora que a Banda Desenhada é dissecada nas aulas de português e por esses manuais fora, continuemos a saltar do óbvio (Calvin e Mafalda tornaram-se clássicos infantis, algo que me confunde, e são desconstruídos de uma forma que até dói) e a apreciar o que é irreverente, simples e incisivo. Johnny Hart desenha e escreve com um jeito de obrigação arrastada de quem conta uma velha anedota. Desenha em linhas simples, e faz passagens bruscas, passando a complexidade, de um modo geral, para jogos de palavras. Comunicativo e surpreendente, nada óbvio, como o próprio humor, nas suas leituras mais profundas.
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