sábado, 14 de outubro de 2006

Historiadores com imaginação

Clio


Cito para começar um que me marcou a licenciatura e parte das opções de vida, outro que tive a honra de ouvir ontem, tendo já lido e apreciado o saber que espalha com a dignidade e simplicidade dos sábios humildes: António Manuel Hespanha e António Viñao Frago.
Do primeiro, recebi uma mensagem de humanidade perante os alunos, de trabalho disciplinado (90% de suor e 10% de inspiração sempre), de preocupações sociais, de intervenção da história na história, do ontem no hoje, a história como construtora de caminhos, Penélope. Fazer e Desfazer a História, que já não se edita, foi uma grande revista. A sua tese As Vésperas do Leviathan, vale, obviamente, a pena. Como acompanhar os seus artigos na revista História.
Do segundo, recebi a mensagem, ontem, que um historiador sem imaginação e sem disciplina não é um historiador. E a grandeza de um trabalho apaixonado sobre cadernos escolares e as pessoas dentro desses cadernos: os que os fazem, os que os escrevem, os que os corrigem, os que os leem. Também os estudos sobre sistemas educativos: Sistemas educativos y espacios de poder: teorías, prácticas y usos de la descentralización en España.
Dois Antónios - será do nome? Tenho também um irmão e um sobrinho Antónios, os meus dois avós eram Antónios, tenho dois grande amigos António e António, iguais em nome, em amizade, também na formação em história.
Imaginação, paixão, trabalho. Quem tiver ouvidos para ouvir que ouça... e questione.

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