sábado, 21 de outubro de 2006

Segunda fase

Há sempre uma fase de início e uma fase que se segue. Ontem começou uma segunda fase do meu trabalho de mestrado. Palavra de ordem: trabalho. Mas também outras, preciosas como pérolas, arremessadas em generosidade e ímpeto devido por quem anda, há mais tempo, em caminhos de escrita e de procura. Varandas sobre o mundo. Fases de incredulidade em que achamos que nunca vamos comseguir abrir a janela, numa infância em que há sempre uma mão maior que a nossa que chega ao fecha mais alto e nos permite, mais que ver, respirar o saber do mundo, superar o sonho e cheirar a manhã. (Re)nascer todos os dias, em perspectivas diferentes, todos os dias a janela é a nossa, mas a paisagem difere e enriquece, os nossos olhos também mudam, os sentidos iludem e acompanham-nos na viagem do conhecimento. Todos os dias da nossa vida, entramos numa segunda fase, porque temos todos um passado. Talvez não tão diferente como pensamos, que o indivíduo e a identidade são conceitos com as costas largas. Talvez não com tanta criatividade ou genialidade como, no fundo, gostaríamos (egoístas disfarçados, desesperados à procura de um sorriso ou de uma aprovação). Estamos sempre a escrever a mesma história, o mundo será assim tão diferente? A preto e branco, que as cores, essas, são nossas. Como num livro de colorir.

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