segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Trabalho

Tantas coisas dão trabalho, tantos trabalhos belos como paixões, cansativos, empenhados, alguns perdidos, a precisar de carinho e recuperação, não se perca o saber-fazer ou o saber-amar de cada engenho. Património perdido existe por este país fora, a precisar de mãos delicadas, respeito e saber. Restos de técnicas, instrumentos de trabalho caídos pelo chão, esquecidos em algum momento, abandonados, recuperada a fé por arqueólogos amadores, reconstruções de almas em curso. Persistentes, os historiadores portugueses? Com certeza. É preciso dar valor ao que valor tem, parafusos, pedras, papéis, azulejos que se reconstroem, painéis que se completam e retratam o trabalho que a vida dá, o carinho que custa levantar do chão o que está partido, perdido, desligado. Falar de novo com o passado longínquo ou recente para que tudo esteja no local próprio, cada peça do puzzle não interfira, o painel se reconstrua, na fábrica como no estar, valorizando sempre o que é importante. Não acredito no esquecimento. Antes a morte que tal sorte...

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