É fácil e fluido escrever sobre amigos. Tenho-os grandes e pequenos (talvez todos pequenos). Não confundir com conhecidos ou colegas. Amigos. Aqueles que se podem beijar, a quem se dá a mão, que nos limpam as lágrimas e riem connosco. Os que nos dão e pedem colo quando a vida nos fere, quando caímos.
"É meu amigo" banalizou as apresentações, que sociedade estranha (strangers in a strange land), prefiro parques infantis, histórias de fadas e baloiços. Prefiro uma boa conversa com um amigo de sete anos no messenger, uma memória embalada no colo do meu pai.
Amigos não são família, são A família. Enriquecem-nos, fazem-nos crescer para baixo, à altura das papoilas, mais baixos que o trigo, campos a perder de vista em que meninos se perdem para se encontrar.
Nossos braços e pernas, olhos e sentir, os amigos nunca faltam, nunca falham, nunca são um peso, obrigação, dever, regra. Todos diferentes, tantos, tantos, os que já encontrámos no nosso caminho, os que já não pousam os pés mas a memória no nosso coração, os que nos ensinam, os que nos seguram quando o vento é forte (convém sempre um amigo mais alto).
Amigos podem dormir na cama connosco e acordar a rir. Amigos não têm sexo. Amigos não têm ideologia. Não têm pele nem características. Amigos são tão transparentes que cruzam as almas connosco. Amigos nunca fazem perguntas, dizem e ouvem, abraçam sobretudo.
Ser amigo é uma grande tarefa? Das mais belas. Das mais esquecidas e menosprezadas.
Amigos sabem sempre onde estão os copos nas nossas cozinhas mesmo quando nunca lá entraram. São o sol e a lua, o tempo que não existe, o dever renegado.
Este post foi escrito a pensar nos amigos que a vida me tem dado de presente. Por algum tempo uns - embora a morte não apague a amizade - por muito tempo outros, recentes, descobertos, finalmente, como encontros adiados, outros tantos. Todos tão importantes como o ar e tão puros como a água. Tão raros como uma agulha num palheiro.
E no entanto são tantos ainda para cultivar e para descobrir. Para dizer obrigado a tempo. Para abraçar. Para sermos meninos e meninas de novo sempre que estamos juntos, sempre que estamos longe. Para sermos gente.
"É meu amigo" banalizou as apresentações, que sociedade estranha (strangers in a strange land), prefiro parques infantis, histórias de fadas e baloiços. Prefiro uma boa conversa com um amigo de sete anos no messenger, uma memória embalada no colo do meu pai.
Amigos não são família, são A família. Enriquecem-nos, fazem-nos crescer para baixo, à altura das papoilas, mais baixos que o trigo, campos a perder de vista em que meninos se perdem para se encontrar.
Nossos braços e pernas, olhos e sentir, os amigos nunca faltam, nunca falham, nunca são um peso, obrigação, dever, regra. Todos diferentes, tantos, tantos, os que já encontrámos no nosso caminho, os que já não pousam os pés mas a memória no nosso coração, os que nos ensinam, os que nos seguram quando o vento é forte (convém sempre um amigo mais alto).
Amigos podem dormir na cama connosco e acordar a rir. Amigos não têm sexo. Amigos não têm ideologia. Não têm pele nem características. Amigos são tão transparentes que cruzam as almas connosco. Amigos nunca fazem perguntas, dizem e ouvem, abraçam sobretudo.
Ser amigo é uma grande tarefa? Das mais belas. Das mais esquecidas e menosprezadas.
Amigos sabem sempre onde estão os copos nas nossas cozinhas mesmo quando nunca lá entraram. São o sol e a lua, o tempo que não existe, o dever renegado.
Este post foi escrito a pensar nos amigos que a vida me tem dado de presente. Por algum tempo uns - embora a morte não apague a amizade - por muito tempo outros, recentes, descobertos, finalmente, como encontros adiados, outros tantos. Todos tão importantes como o ar e tão puros como a água. Tão raros como uma agulha num palheiro.
E no entanto são tantos ainda para cultivar e para descobrir. Para dizer obrigado a tempo. Para abraçar. Para sermos meninos e meninas de novo sempre que estamos juntos, sempre que estamos longe. Para sermos gente.
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