quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tempo de silêncio, tempo de mudança.

Não me escorrega a pena para a lírica camoniana que tanto trabalho dá ao meu filho. Até porque tempos de mudança são dificeis e dão trabalho a gerir. Mudança de actividade ou de ritmo, mudança das caras que vemos todos os dias, porque uns partem e outros chegam, um dia disse-me um amigo que tinha perdido uma filha que era tipo autocarro cheio, a palerma da vida, e saem sempre as pessoas que nos apetece abraçar.

Hoje estou constipada - espero que não venha aí o triunfo dos porcos, sinceramente, tenho muito trabalho a fazer - e tenho alguns amigos em casa com crianças doentes. O tempo deste Outono invernoso vai ser longo e espero pelos raios do sol breves e mornos da Primavera para que tudo isto acabe, as mudanças, as doenças, que toda a gente volte aos seus sítios, perto, ao colo, onde queremos os amigos.

Tem sido uma semana de silêncio. Gosto de silêncio quando preciso de calma e de reflectir, coisa que desde domingo não tinha calma para fazer e agora penso em todas as pessoas e em todos os projectos e em todos os livros para ler e a inscrição para acabar e - ai - o silêncio é difícil quando tantas coisas a gritarem cá dentro para corrermos.

Vou fazer um chá de cidreira e mel. Dizem que faz bem e aquece a alma. Mesmo no silêncio, para além dele.