sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Restauro

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Como sugestão de fim-de-semana, porque não uma visita ao MNA? Museu com preocupações de integração e bem-estar de todos os seus visitantes, preparado para acolher pessoas na sua riqueza e diversidade, com recursos bastante razoáveis de acessibilidade à estrutura e à informação. Preparado para acolher também pessoas de todas as faixas etárias. Com um delicioso jardim interior onde é agradável ler, com um simpático café que é indispensável visitar dado que era a cozinha do convento de Clarissas em que esta unidade museológica se encontra instalada. O espólio é interessante, está documentado e integrado em espaços verdes, exposições temporárias e na riqueza do próprio edifício original. Para ir com calma, em boa companhia (pode ser de um livro).

Fundamentais: a vista de Lisboa pré-terramoto, o factor humano e a felicidade de escapar ao consumismo desenfreado que força os visitantes a sair pela loja (neste caso é, agradavelmente, um espaço alternativo e não imposto). Não necessariamente por esta ordem.
Faz falta conhecer e respeitar as nossas memórias, refugiar os olhos na arte, explorar as informações sobre o saber-fazer. Viajar no tempo, trabalhar conceitos belos que podem valer individualmente ou em conjunto, ter histórias de si mesmos e histórias de todos os que as contaram. No final, a mensagem é de respeito pelo trabalho humano e pela criatividade, essa irmã da liberdade, valores a resgatar (restaurar?) e a dignificar. Sobretudo pela metáfora de que unidos (restaurados enquanto família, enquanto humanidade) somos bem mais belos, valiosos e úteis.

Restauremo-nos, pois...



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