quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Michel Foucault


“Como se todas as palavras tivessem guardado o seu sentido, os desejos a sua direcção, as ideias a sua lógica: como se esse mundo de coisas ditas e queridas não tivesse conhecido invasões, lutas, rapinas, disfarces, astúcias. Daí, para a genealogia, um indispensável demorar-se, marcar a singularidade dos acontecimentos, longe de toda a finalidade monótona; espreitá-los lá onde menos se os esperava e naquilo que é tido como não possuíndo história – os sentimentos, o amor, a consciência, os instintos; apreender o seu retorno não para traçar a curva lenta de uma evolução, mas para reencontrar as diferentes cenas onde eles desempenharam papéis distintos.” (FOUCAULT)

Este sorridente senhor tem tido um importante papel na minha aprendizagem sobre O Outro, ensinado que as Identidades e as Identificações são sempre relativas. Que os comportamentos e os corpos são controlados e o Poder se exerce de forma económica e suave sobre eles, sobre nós, ontem como hoje. Que é importante construir e descontruir tudo, mundo volátil dos pensamentos, nada é e tudo está em tudo. Que é importante ler, e pensar, e escrever, muito. Demorar-se.

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