quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Pedro II

"Meu Rei e meu Senhor é Dom Duarte,
Por isso juro: a minha estrada é esta.
Espada de que fiz usança em arte
E, ao redor dela, há música de festa.
Reconheci nos meus antepassados
(Uns de retrato, outros, talvez, de cor)
O sangue azul que leva os namorados
A amar o amor. Pecados? O maior!
Quero à terra que piso, ao sol que vejo
E ao mar que, no verão, rejuvenesce.

Não foi além de esboço o meu desejo;
Não foi além de sonho a minha prece.
Amo o que é fácil, o que é perto e doce...
Boiar é um triunfo de marítimo.
Como se a dança vitoriosa fosse,
Dedos na harpa, dei um passo mínimo.
Do dia de amanhã, às vezes tento
Falar, como os profetas traiçoeiros:
-Céu, em geral, pouco nublado e vento
De Leste fraco.. Ameaça de aguaceiros..."

Espelho, Pedro Homem de Mello, é dele o dia, a ele a homenagem.

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