sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Crescer



Crescer dói? Não necessariamente. Com os amigos certos por perto, quanto mais melhor. A vida é rápida, passa num ápice, queremos estar no colo outra vez e nem demos por nada. Temos muitos colos que nos acolhem e quando percebemos isso respiramos fundo e, talvez, saia um sorriso. Dias de aniversário começam às 00:00, com telefonemas e mails e entradas no msn, quando se pertence à sociedade da informação. Dias de aniversário passam rápido como vidas e deixam rasto de fitas e papéis de embrulho cada vez com menos cores, velas cada vez mais fáceis de soprar - a primeira exige largos treinos - e depois, novamente, mais difíceis, a luz a ficar eterna como as memórias silenciosas que queremos guardar na alma. Ser crescido não é ser feliz, é estar noutro ponto do caminho. Talvez mais alto, se tivermos sorte ou inteligência, subir devagarinho para não tropeçar, chegar ao topo do monte e ter uma perspectiva nova de tudo, descer e apreciar, saborear a vida como um fruto doce, amarguras de lado, somos nós que temperamos... Quando estamos felizes fazemos anos mais vezes, sorrimos muito, damos as mãos, talvez até gargalhadas. É urgente aproveitar a vida, com tudo o que temos de bom, como as crianças que abraçam os bonecos com urgência para que chegue a luz da manhã e passem os medos. É urgente ser feliz em cada dia, aproveitar o que somos, encarar as quedas como aprendizagens, aproveitar a brisa como um beijo, que pode ser de parabéns...

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