sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Caminhos e atalhos

Somos sempre confrontados com opções, em cada encruzilhada, mal de nós quando os sinais de proibido ou os portões fechados nos tapam os acessos, pobres gaiatos que não trepam mais alto. Caminhar, rumo ao horizonte certo, ao nosso, ao que nos faz sentido, é sempre a direcção a seguir, ao ritmo de cada um, nunca ao imposto, por vezes é preciso esperar por quem tropeça ao lado, por vezes os caminhos mais doces são irregulares ou inexistentes e os atalhos... passam a ser nossos para o melhor e para o pior. Temos individualidade sobretudo para desbravar a vida. É duro e difícil orientarmo-nos pelas estrelas e ter os pés na terra, caminhar para um horizonte que os outros não vislumbram. Talvez não exista mesmo, mas até agora não me tenho dado mal a viver por instinto e por paixão, poucas coisas mais devem valer a pena. Ser rejeitado não é fácil, pior que dizer adeus é ser mandado embora. Mesmo que se entenda a lógica e os princípios, concordando ou não com eles. Mas parar de lutar pelo que se acredita, parar de viver o caminho de um horizonte sonhado, olhar bem para o alto e acreditar que são as estrelas que nos guiam, mesmo correndo o risco de tropeçar na terra e no pragmatismo dos homens... não.

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