Lancelot, vindo da imaginação feita escrita de Chrétien de Troyes, apropriado por Sir Thomas Mallory, que o introduziu nas lendas da Távola Redonda, recebeu os seus poderes num lago, a água sempre mágica nos nossos imaginários, sensual, calmante, apelativa, vida em horizonte largo, lugar de nascimento e morte. Lagos, lugares de dúvida e serenidade, onde apetece mergulhar a alma mais que o corpo, mergulhar os olhos na beleza, fechá-los para o sonho entrar e trazer as histórias de cavaleiros e fadas que nos elevam a mundos que não o nosso, a dimensões de desejo, de transgressão, de doçura, de coragem mais que humana, a de trespassar com lanças até à morte o que nos força, lutar pelas honras certas, pelo que somos, realmente. E podemos ser tanto...
"Toujours placer amour plus haut qu’honneur Certain
Que la nuit n’est pas longue à cause du matin
Et je saurai baisser le front pour obéir
Sortir nu dans la pluie et craindre le beau temps
Si je suis le plus fort le plus faible paraître"
Lancelot, apropriado como todos os sonhos, para todas as causas.
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