Arronches, Campo Maior, Castelo de Vide, Coruche, Covilhã, Leiria, Mangualde, Moita, Monsanto, Óbidos, Portalegre, Vila Real, entre outras localidade portuguesas, viveram hoje a tradicional festa de Santa Maria de Agosto. Feiras francas de outros tempos, actuais mostras de artesanato e gastronomia regional, festas de cariz religioso e profano - indissociáveis - com invocações diversas, algumas medievais - Santa Maria do Castelo - com tradições eternas como as procissões com animais e homens e bençãos de fim de tarde de campos e searas. O sagrado e o profano, a reler, vem a propósito.
Recordações de infância: Agosto, mês de muita gente e de deitar tarde, colchas às janelas, touradas, fogo de artifício visto da varanda, procissão de 15 de Agosto, capas azuis e brancas da irmandade, muitos emigrantes de retorno, largadas de touros, cortejos etnográficos, flores por todo o lado, carrosséis com cavalinhos, cavalinhos maiores a passar com campinos, som dos cascos na terra, bolas de serradura com elásticos que se compravam nas feiras e que se desfaziam num ápice. Palavras soltas, sons e cheiros, o pó sob passos intermináveis dados em dias quentes, sombras escassas, o medo de me perder entre tanta gente crescida. O Sorraia seco, a condizer com o calor, as pontes a dobrar de cheias. Estão a ser restauradas, dizem. Pode ser que a minha infância também.
Recordações de infância: Agosto, mês de muita gente e de deitar tarde, colchas às janelas, touradas, fogo de artifício visto da varanda, procissão de 15 de Agosto, capas azuis e brancas da irmandade, muitos emigrantes de retorno, largadas de touros, cortejos etnográficos, flores por todo o lado, carrosséis com cavalinhos, cavalinhos maiores a passar com campinos, som dos cascos na terra, bolas de serradura com elásticos que se compravam nas feiras e que se desfaziam num ápice. Palavras soltas, sons e cheiros, o pó sob passos intermináveis dados em dias quentes, sombras escassas, o medo de me perder entre tanta gente crescida. O Sorraia seco, a condizer com o calor, as pontes a dobrar de cheias. Estão a ser restauradas, dizem. Pode ser que a minha infância também.
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer.
Fernando Pessoa
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