quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Tempo

"In this lecture, I would like to discuss whether time itself has a beginning, and whether it will have an end. All the evidence seems to indicate, that the universe has not existed forever, but that it had a beginning, about 15 billion years ago. This is probably the most remarkable discovery of modern cosmology. Yet it is now taken for granted. We are not yet certain whether the universe will have an end."

Stephen Hawking...

... e o fio do tempo e do espaço, a grande preocupação humana, percebida pelos homens nas vivencias mais simples, o tempo que é curto, o tempo que é demorado, as medidas emocionais do tempo, o espaço que demora a percorrer, físicos de meia tigela, ansiosos pela vida um pouco mais além dos nossos sonhos.

Se ele, grande especialista na matéria, não tem uma conclusão a apresentar, mas questões a colocar, o que diremos nós? Ontem falava com um amigo, no msn, da percepção de sensações que nos são interditas. Genericamente, do conceito de cor. No entanto a cor é uma ilusão. Pode uma ilusão ser assim tão importante para movimentar uma manifestação de semiologistas que trabalhem para a dar a entender esse mesmo conceito a quem tem muito mais acuidade e aproveitamento prático de sentidos que desconhecemos? E depois, o que é um conceito? Outros há complicados, como o de espaço. Mas o tempo - esse grande escultor - persegue-nos a todos, diferenciando apenas na intensidade ou placidez dos homens a sua medida, criança que brinca connosco.

Por exemplo, estive a escrever até tarde e fiz algo que não fazia há muito tempo, estar a conversar online com os meus amigos, a saborear a sua sabedoria e o seu carinho. Mas hoje o tempo cobra-me o cansaço, a vivacidade de ontem pesa tonaladas hoje de manhã, quando quero escrever este post, quando quero pensar em tudo o que li sobre o tempo, todas as situações em o nosso maior inimigo e o nosso maior amor nos alterou o fio da vida.

Existem as cores? Existe o tempo? Serão dúvidas semelhantes? Pairamos, na verdade, num universo que não sabemos bem ao certo de onde vem, para onde se dirige, onde somos uma migalha, e em que somos, na realidade, meninos perdidos em nós e no que nos rodeia.

Solução: apreciar as coisas simples, as que entram directamente no nosso coração, sentir muito, dar muito de nós e receber tudo o que nos deixarem. Ou especializarmo-nos em Física Quântica.

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