Janus ou Janus?
Há, claro, um tempo, como um significado, para tudo. Imprevisível como um olhar, vigiando portões e inícios, ou longíquo do nosso alcance como um corpo celeste. Tempo para tudo, o que nos falta, o que nos sobra. Tempo até para promover e despromover planetas. Heresias da ciência ou da mitologia, prioridades que se constroem diariamente, elas próprias filhas do tempo e da vontade.
Há um tempo para estudar e um tempo para aprender. Um tempo para trabalhar e um tempo para dar frutos. Sobretudo um tempo para sermos nós, em tempos de sorrir e inevitavelmente de sentir. Alternando entre o longínquo dos céus em que nos sonhamos e a corrida infantil a mitos em que nos revemos.
Tempos fortes como abraços, significados duplos e doces, imprevisíveis como o tempo em que vou publicar este post, antes ou depois de acabar o meu trabalho, no fim de um dia ou no início de outro. A noite é escura fora da minha janela, no tecto onde mora Janus ou Janus habitaria se existisse, afinal, tudo está em tudo o que se sente.
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