Um dia, mortos, gastos, voltaremos
A viver livres como animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento leva os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nossos membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Sophia de Mello Breyner
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